Entrevistas
O mito do sacrifício dos imigrantes (Espanhol)
(Espanhol) Certamente. Essa idéia é definitiva. Esse mito é como este relógio que eu estou tocando agora. É tão real que quase já não é mais mito. Somo ainda um grupo que se vê como imigrante. Por isso que não nos “fundimos”, por isso que não nos entregamos à terra nativa. Parte do modo de pensar dos imigrantes é a herança de todo este mito. Não apenas herdam o sangue, mas também o exemplo. Vejo isso com os sanseis, mas de uma maneira positiva. Sempre regressam ao caminho, ao kami. No meu caso, ou no caso dos niseis, é terrível ter que continuar carregando nos ombros o sacrifício, o dever. Uma vez, eu cheguei a pensar que não poderia deixar de viver ou me suicidar, mesmo que quisesse, porque seria um mau exemplo. Olha, que até hoje eu continuo a pensar assim—que seria um mau exemplo para meus sobrinhos ou parentes o fato de eu ter levado uma vida tão audaciosa, dedicada à literatura e à gestão cultural—que a minha vida já não me pertence. Esse é o detalhe de ser nikkei. Somos moralistas? Toda o imigrante é messiânico, sente que tem uma missão, a missão de dar um exemplo, de povoar a terra, de levar a boa palavra. Então sim, quase não é mais lenda, é uma realidade. Isso também é ser nikkei. Não é ruim, mas é bem estafante.
Data: 26 de fevereiro de 2008
Localização Geográfica: Lima, Peru
Entrevistado: Harumi Nako
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(n. 1979) Brasileiro sansei de Oizumi-machi, província de Gunma. Dono de um escritório de design.