(Inglês) Quando eu era criança, o meu pai sempre dizia: “Você é uma menina. Você tem que se casar”. E dizia para o meu irmão: “Você tem que ir para a universidade. Você tem que fazer isso e aquilo”. E eu só dizia: “E eu?” E ele sempre dizia: “Não. Você é uma menina. Você é uma menina”. E ele dizia isso todas as vezes. Sabe, ele estava ensinando kendo e eu disse: “Eu quero fazer isso também”. Mas ele dizia: “Não. Você é uma menina”. Tudo era... Pois é, um dia eu cheguei em casa da escola e tinha ganho um cargo qualquer numa classe, e ele—ele virou para a minha mãe e disse em japonês: “É uma pena que esta criança não tenha kintamas”. Sabe o que isso quer dizer? Culhões. O que ele quis dizer é que era uma pena que todos [os meus] atributos se encontravam numa menina. Eu escutei uma vez quando eu estava “liderando a batalha”—eu ouvi o Senador [Ted] Kennedy virar para um outro membro da comissão e dizer: “Onde eles encontraram esta mulher? Nossa, ela tem culhões!” Então, quando eu faço discursos, eu gosto de dizer: “O meu pai se sentiria tão feliz—finalmente”.
Data: 17 de julho de 2013
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Sean Hamamoto
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum; Japanese American Bar Association