(Inglês) É algo curioso, mas era mais confuso no Havaí. No Havaí, eu acho que na verdade eles são mais críticos. Eu acho que é porque existem tantas culturas diferentes lá. Tem os japoneses, os coreanos, os filipinos, os havaianos, os brancos. Eu me lembro quando me mudei para lá—nós fomos quando eu estava no ginásio—que as garotas japonesas na escola, elas eram as mais populares. Elas eram as “cheerleaders” e as “rainhas” das festas de formatura, e as presidentes disso e as presidentes daquilo. Elas não me aceitaram como japonesa. Elas disseram: “Não, você não é japonesa”. Quando eu cheguei na escola, eu fui considerada como hapa haole, mas os brancos, os caucasianos, eles me aceitaram mais. Mas as garotas puramente japonesas, elas não me aceitaram. Eu me lembro de me sentir bem triste e falei com a minha mãe sobre isso. Ela só disse: “Bom, tenta agir mais como japonesa”. (Risos.) Eu disse: “Como posso agir mais como japonesa?” “Bom, você fala alto demais e diz o que pensa, e talvez você não deveria fazer teatro musical” ... Mas eu acabei lidando com aquilo. Não é como se elas ficassem me perseguindo; elas só me fizeram sentir como se eu não fizesse parte do grupo delas. Isso foi uma coisa que vivenciei durante todo o tempo que estudei lá.
Data: 4 de abril de 2013
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Patricia Wakida
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum