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Laura Honda-Hasegawa

@laurahh

Nasceu na Capital de São Paulo em 1947. Atuou na área da educação até 2009. Desde então, tem se dedicado exclusivamente à literatura, escrevendo ensaios, contos e romances, tudo sob o ponto de vista nikkei.

Passou a infância ouvindo as histórias infantis do Japão contadas por sua mãe. Na adolescência lia mensalmente a edição de Shojo Kurabu, revista juvenil para meninas importada do Japão. Assistiu a quase todos os filmes de Ozu, desenvolvendo, ao longo da vida, uma grande admiração pela cultura japonesa.

Atualizado em maio de 2023


Stories from This Author

Histórias de Decasséguis
História nº 20: “Vamos nos ver na Copa do Mundo!”

18 de Junho de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Quando soube que a Copa do Mundo seria realizada no Brasil, Kento deu pulos de alegria. O garoto, que gostava demais de futebol, mal voltava da escola, tinha o costume de ir para o campinho bater uma bola, da lição de casa ele nem se lembrava. Sua mãe tinha que aceitar essa situação, pois o pai de Kento também gostava de futebol e até houve época em que tinha pensado ser jogador de futebol. - Bem que o papai podia …

Histórias de Decasséguis
História nº 19 (Parte II): O Nakajima vem aí!

28 de Maio de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Parte I >>Foi uma decisão drástica de Nakajima. Até dois meses antes ele trabalhava como pizzaiolo no “Bairro italiano” de São Paulo. Sua esposa Maria Cecília passava os dias fazendo crochê e se ocupando com as plantas do jardim. O que provocou uma virada na vida dos dois foi uma frase dita por Maria Cecília: “Sabia que o meu sonho é um dia conhecer o Japão?”. No mesmo instante, Nakajima lembrou que uns dois anos antes, a sua mãe e …

Histórias de Decasséguis
História nº 19 (Parte I): O Nakajima vem aí!

30 de Abril de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

O garoto Nakajima detestava as aulas da escola de língua japonesa. Mas vivendo em Bastos, cidade com uma população muito grande de origem japonesa, a todos os lugares que ia, parecia que estava no próprio Japão. Seja a quitanda, a padaria, o salão de barbeiro, o comércio todo estava nas mãos de nikkeis e o hotel também. A família Nakajima era dona de uma granja e o garoto, que era o segundo dos filhos, tinha que ajudar vendendo ovos. Isto …

Histórias de Decasséguis
História nº 18: “Olá, eu estou de volta!”

2 de Abril de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Quando Wander estava com oito anos de idade, a sua mãe se casou de novo. Ele era nikkei e trabalhava no mesmo banco que ela. A partir de então, a vida de Wander mudou bastante: passou a estudar em escola particular e ter aulas de judô e computação. Sua família aumentou e ficou mais animada. O padrasto tinha um filho de quinze anos e uma filha de dez. Passaram-se três anos e o padrasto veio falando: “Vou para o Japão …

OHAYO Bom dia II
Diferenças culturais – Verão

19 de Março de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Tivemos neste ano o pior verão dos últimos 70 anos com temperaturas atingindo 40ºC. Pela cidade viam-se pessoas com o rosto vermelho, suando em bicas, ofegantes, andando com movimentos lentos. Mas eu, que nunca gostei de calor, passei esses dias terríveis até que com bastante disposição. Isto se deve ao fato de eu ter experimentado um dia o verão japonês, quando aprendi muitas coisas. Assim, nessa estação do ano é que as diferenças culturais entre o Brasil e o Japão …

Histórias de Decasséguis
História nº 17: História de três gerações de decasséguis

19 de Fevereiro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

        BATCHAN  GUENKI1?        JAPÃO  AGORA  MÓ  FRIO        MAS  COMIGO  DAIJOUBU2 GUENKI  GUENKI.                                                   -- DA  MARCELA No papel de carta enfeitado com lindas flores, apenas estas palavras num japonês bem básico. Mas o envelope vinha recheado com muitas fotos. Foto comendo bento com colegas da fábrica. Foto com a …

Histórias de Decasséguis
História nº 16: Embarque São Paulo 18:59

29 de Janeiro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

O Aeroporto de Guarulhos está lotado por um grande número de pessoas com muitas bagagens. Estamos em plena época de férias de verão e os brasileiros estão viajando para o exterior cada vez mais. - Ouvi falar que este ano está fazendo muito frio no Japão. Cuidado para não pegar um resfriado, a Akari e você, viu? E me avise quando chegar lá -despede-se a avó com ar de preocupação. - Pode deixar, batchan. Vou cuidar direitinho da Akari e …

OHAYO Bom dia II
“Omedetô gozaimasu”, será que virou português?

22 de Janeiro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

Na manhã do primeiro domingo de janeiro, eu estava indo ao culto na igreja, quando encontrei o Joaquim pelo caminho. Joaquim é um lindo cãozinho beagle e a primeira vez que nos vimos foi três anos atrás. Cumprimentei com um “Feliz Ano-Novo” e o dono do Joaquim respondeu: “Omedetô”, inclinando levemente a cabeça, em sinal de respeito. Confesso que fiquei surpresa, pois os brasileiros não têm o costume de cumprimentar fazendo reverência e também porque a palavra japonesa “omedetô” não …

Feliz Ano-Novo! Lembranças do Oshogatsu com “moti”

1 de Janeiro de 2014 • Laura Honda-Hasegawa

- No Natal teremos pratos brasileiros e no Oshogatsu1 a comida tradicional do Ano-Novo japonês. Nós, nikkeis, podemos ter banquete em dobro, somos verdadeiramente abençoados! Era o que mamãe dizia todo final de ano. E eu também penso assim. Ganhamos muito por conhecermos duas culturas diferentes. Nas comemorações de Natal e Ano-Novo em casa éramos sempre três: papai, mamãe e eu. Embora em pequeno número, nossas reuniões foram momentos muito importantes em nossas vidas. Pude sentir isso de maneira profunda no primeiro …

Histórias de Decasséguis
História nº 15 (Parte II): Arigato para “Amatchan”

25 de Dezembro de 2013 • Laura Honda-Hasegawa

Yuka nasceu no Japão e viveu lá até os 15 anos de idade, quando seus pais decidiram voltar definitivamente para o Brasil. Para falar a verdade, ela preferia ficar no Japão, prosseguir os estudos e entrar na faculdade para estudar Nutrição. Também era seu sonho vestir quimono e passear com as amigas pela cidade para comemorar a maioridade. Mas como seus pais desejavam muito retornar ao Brasil, não teve outro jeito se não vir junto. Bem que ela se esforçou …

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