Crônicas Nikkeis #10—Gerações Nikkeis: Conectando Famílias e Comunidades

O tema da 10ª edição das Crônicas NikkeisGerações Nikkeis: Conectando Famílias e Comunidades—abrange as relações intergeracionais nas comunidades nikkeis em todo o mundo, tendo como foco especial as emergentes gerações mais jovens de nikkeis e o tipo de conexão que eles têm (ou não têm) com as suas raízes e as gerações mais velhas. 

O Descubra Nikkei aceitou histórias relacionadas ao Gerações Nikkeis de maio a setembro de 2021; a votação foi encerrada em 8 de novembro. Recebemos 31 histórias (21 em inglês, 2 em japonês, 3 em espanhol e 7 em português) da Austrália, Brasil, Canadá, Estados Unidos, Japão, Nova Zelândia e Peru. Algumas foram enviadas em múltiplos idiomas.

Solicitamos ao nosso Comitê Editorial para escolher as suas histórias favoritas. Nossa comunidade Nima-kai também votou nas que gostaram. Aqui estão as favoritas selecionadas pelo comitê editorial e pela Nima-kai! (*Estamos em processo de tradução das histórias selecionadas.)

A Favorita do Comitê Editorial

Escolha do Nima-kai:

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Confira estas outras séries de Crônicas Nikkeis >>

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Minha estimada família

Desde que nasci a minha Obachan dizia que teríamos que falar o nihongo por termos a cara de japonês, apesar de termos nascido no Brasil. Seríamos japoneses a vida inteira. Mas, não entendia isso do porquê teríamos que falar nihongo em casa sendo que morávamos no Brasil.

Somos 4 irmãos e todos nós entramos na escola primária sem falar nada de português e lembro-me claramente de que sofri muito, mas hoje, agradeço muito a educação que nos deram. Na parte da manhã, burajiru gakkou e à tarde, nihongo. Passávamos o dia inteiro na escola e o meu Otochan sempre dizia …

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Caminho de volta

Recentemente, dona Yasuko se viu em uma situação em que tinha que provar que ela era... ela mesma. Possuindo parte dos documentos com o sobrenome Fujii e parte dos documentos com o sobrenome Huzii, parece simples provar que um foi romanizado no sistema Hepburn e outro foi romanizado no sistema Kunrei, mas o documento que o consulado emitiu, sem assinaturas ou carimbos, porque atesta fato notório, não foi aceito pela burocracia do Estado de São Paulo, acostumada a uma miríade de credenciais apenas para repetir algo que está na Wikipédia.

A filha de dona Yasuko, Fumiko, me perguntou como resolver …

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Minha relação com o Nihongo

Creio que a maioria dos nikkeis, desde pequenos tiveram contato com o nihongo, ou melhor, “colônia-go”. 

É uma espécie de dialeto próprio dos nikkeis no Brasil, onde se tem uma mistura de português com nihongo e este nihongo também vem carregado com as peculiaridades das várias regiões do Japão de onde vieram os imigrantes (hougen), criando uma linguagem e estilo próprios, que não se encontra nos livros, mas estranhamente conseguimos nos entender com muita facilidade.

Tenho muita curiosidade de saber se os outros países onde houve a imigração japonesa, têm seu próprio “colônia-go”.

Por ser nissei, meus …

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Os japoneses na agricultura brasiliense

Realizar o sonho de ter uma moradia própria e nela poder criar e educar os filhos em segurança e alimentá-los talvez tenha sido uma das maiores destrezas do ser humano. Hoje, com tanta inovação e mudança repentina na vida das pessoas, provocadas principalmente pela pandemia do novo coronavírus, muitos valores podem ter mudado, tais quais, viver em um meio ambiente mais seguro, ter a liberdade de locomoção, a necessidade de expressão, a necessidade de estar junto, mas mantendo a segurança sanitária. 

Bem, não é sobre a atualidade que quero escrever. Quero expressar a minha gratidão ao governo brasileiro que enxergou …

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O gyozá querido da Batchan

Não tenho muitas memórias vívidas da minha infância, mas me lembro bem daquele dia. Não sei dizer com quantos anos eu estava. Batchan reuniu várias mães, incluindo a minha, sua nora, para o que hoje eu chamaria de um workshop de gyozá. O gyozá da Batchan era famoso entre os familiares e amigos, presença garantida na mesa sempre que visitávamos os avós em Mogi das Cruzes, que fica a uma hora da cidade de São Paulo, onde eu vivo desde os dois anos de idade. Era o melhor gyozá do mundo pois era o único que eu conhecia e …

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