Entrevistas
O fechamento do colégio japonês e as deportações (Espanhol)
(Espanhol) Antes de nos expulsarem do colégio – aqui vem a outra coisa. À medida que o tempo ia passando, acreditávamos – o meu pai também acreditava – que não ia acontecer nada com o colégio, com o diretor que tinha vindo de Nihon, além de alguns professores que também eram de Nihon. Aqui [no Peru], eles começaram primeiro aqui em Lima, onde as lojas japonesas foram saqueadas. Antes disso houve a tomada das fazendas. Quantos japoneses perderam fazendas. Quantos japoneses perderam suas lojas – as coisas nas suas lojas, não as lojas. Elas foram totalmente esvaziadas, totalmente ... Em San Nicolás, começou outra revolta contra os japoneses. Por isso o meu pai vendeu sua loja, seu negócio. Ou seja, aquele outro senhor estava bem a par do que estava se passando em Lima e nos outros lugares.
Eles intervieram no colégio, fecharam tudo, prenderam o diretor. O pior é que o diretor tinha um aposento que ninguém sabia a respeito; era onde ele tinha um rádio de ondas curtas para escutar as notícias de Nihon. Era por isso que de manhã, quando fazíamos o radio taiso, ele aparecia para nos dar as notícias que tinha acabado de escutar. Mas aí chegou a polícia e acabaram com tudo. Prenderam o diretor e os professores, e os levaram ao campo de concentração.
E*: Eles foram deportados?
Ah, foram sim. Eles foram levados para o Texas, eu acho. Os outros eu não sei. Não foram juntos. Foram para lugares diferentes. Os americanos eram muito hábeis com essas coisas. E nós, fomos para a rua.
* “E” representa o entrevistador
Data: 6 de setembro de 2007
Localização Geográfica: Lima, Peru
Entrevistado: Harumi Nako
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