(Inglês) Pois então, literalmente, a primeira vez que eu ouvi falar qualquer coisa sobre o[s campos de] internamento foi quando eu estava na minha aula de direito constitucional, ensinada pelo professor Lawrence Tribe no meu segundo ano em Harvard. Eu me lembro claramente do dia quando discutimos os casos do internamento [de japoneses e nipo-americanos]. Na maioria dos livros da faculdade de direito, os dois casos, Korematsu e Hirabayashi, são agrupados, e geralmente não são discutidos em mais do que uma aula—ou nem isso. Fazem parte da área de direitos civis, que enfoca principalmente a questão de direitos civis envolvendo afro-americanos—como também os poderes governamentais. Pois é, eu me lembro de ler sobre esses casos e de ficar chocado com o que me pareceu uma óbvia injustiça e como achei difícil acreditar que a Suprema Corte naquela época, na década de 40...
Também fomos treinados para—para acreditar que os membros da Suprema Corte naquela época, gente como William O. Douglas, Hugo Black, Frank Murphy, Harlan Stone, Felix Frankfurter, eram grandes defensores das liberdades civis e dos direitos civis, e em muitos casos isso foi verdade. Mas aqui você tem um exemplo de como todos eles no primeiro caso—no caso Hirabayashi —todos eles mantiveram a condenação, oferecendo como justificativa a necessidade militar. E como seria possível juízes tão liberais terem feito algo assim?
Data: 27 de outubro de 2000
Localização Geográfica: Washington, Estados Unidos
Interviewer: Alice Ito, Lorraine Bannai
Contributed by: Denshō: The Japanese American Legacy Project.