Histórias de Decasséguis

Em 1988 li uma notícia sobre decasségui e logo pensei: “Isto pode dar uma boa história”. Mas nem imaginei que eu mesma pudesse ser a autora dessa história...
Em 1990 terminei meu primeiro livro e na cena final a personagem principal Kimiko parte para o Japão como decasségui. Onze anos depois me pediram para escrever um conto e acabei escolhendo o tema “Decasségui”.
Em 2008 eu também passei pela experiência de ser decasségui, o que me fez indagar: O que é ser decasségui?Onde é o seu lugar?
Eu pude sentir na pele que o decasségui se situa num universo muito complicado.
Através desta série gostaria de, junto com você, refletir sobre estas questões.
Stories from this series

História nº 48: O sonho de Mai
10 de Dezembro de 2024 • Laura Honda-Hasegawa
A menina Mai cursa o 3º ano do ensino fundamental. Seu pai chama-se Lucas e veio ao Japão aos 9 anos, junto com o pai. Sua mãe é Ayumi e seus pais também vieram ao Japão como decasséguis e ela nasceu aqui. Mai nasceu no Japão, frequenta a escola japonesa, suas amiguinhas são todas japonesas e assim não precisa falar português. Quase todos os parentes de sua mãe moram no Japão há muito tempo, então, não têm oportunidades para se …

História nº 47 (Parte II): “Eu quero voltar, mas não posso...”
23 de Julho de 2024 •
Lea parte I Eidi havia voltado fazia uma semana, mas a família ainda se sentia pouco à vontade para interagir com ele, “Nós é que convencemos ele a ir trabalhar no Japão” “Nós cometemos um grande erro. Para ele que nunca tinha trabalhado na vida, como deve ter sido duro ser decasségui” “Temos que fazer de tudo para ele sarar” Assim foi que seus pais e as duas irmãs mais velhas refletiram profundamente sobre o que tinha acontecido no Japão, …

História nº 47 (Parte I): “Eu quero voltar, mas não posso...”
18 de Abril de 2024 • Laura Honda-Hasegawa
Eidi tinha duas irmãs acima dele e, sendo o único filho, foi educado para futuramente seguir a carreira de médico. Suas irmãs, Emi e Érica, ajudavam nas tarefas domésticas e no supermercado de propriedade da família, mas Eidi dedicava o seu tempo unicamente aos estudos. Cursando o último ano do ensino médio, de manhã ia ao colégio, à tarde ao cursinho preparatório, à noite estudava em casa e nos fins de semana estava no cursinho revisando as matérias e fazendo …

História nº 46: Quem é a Li-Ha-Na da pintura?
27 de Fevereiro de 2024 • Laura Honda-Hasegawa
Hana casou-se no dia em que completava 27 anos de idade. O noivo, Eidi, tinha 24 anos e era o irmão mais novo de uma ex-colega de classe de Hana. Seis meses antes, essa colega a havia procurado, dizendo que o seu irmão iria trabalhar como decasségui no Japão e a família tinha achado melhor que ele se casasse antes e, assim, começou a procura por uma noiva. Daí, a primeira ideia que veio à mente foi a ex-colega de …

História nº 45: Fujiko e o orgulho de ser “japonesa”
16 de Janeiro de 2024 • Laura Honda-Hasegawa
A família Ozaki era uma grande família, pois moravam na mesma casa com os pais os dois filhos mais velhos, casados, com suas esposas e filhos. Foi nessa casa que nasceu Fujiko e sendo a primeira das netas, o seu avô, que era um grande fã da atriz do cinema japonês Yamamoto Fujiko, escolheu para ela o prenome Fujiko dizendo: “Que a minha netinha seja bonita e querida por todos como a minha atriz favorita”. Fujiko era uma menina alegre, …

História nº 44 (Parte II): Estou de volta!
30 de Junho de 2023 • Laura Honda-Hasegawa
Lea parte I >> Depois de trabalhar no Japão durante três anos, Paulo estava de volta ao Brasil. Chegou o domingo e ele se aprontou para ir à igreja que frequentava desde criança. “O pai e a mãe devem ter saído para fazer caminhada no Ibirapuera. A Karen e a Erika devem estar dormindo ainda...” – ele lamentou pelo fato de a família não ter o hábito de ir à igreja. Ficou feliz ao avistar a igreja com a porta …
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Venha dar uma olhada nas novas e empolgantes mudanças no Descubra Nikkei. Veja o que há de novo e o que estará disponível em breve! Mais informaçõesNasceu na Capital de São Paulo em 1947. Atuou na área da educação até 2009. Desde então, tem se dedicado exclusivamente à literatura, escrevendo ensaios, contos e romances, tudo sob o ponto de vista nikkei.
Passou a infância ouvindo as histórias infantis do Japão contadas por sua mãe. Na adolescência lia mensalmente a edição de Shojo Kurabu, revista juvenil para meninas importada do Japão. Assistiu a quase todos os filmes de Ozu, desenvolvendo, ao longo da vida, uma grande admiração pela cultura japonesa.
Atualizado em maio de 2023
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