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Fazendo os pacientes se sentirem confortáveis ao usar dialetos regionais (Inglês)

(Inglês) Que eu saiba – eu não sabia a diferença [com respeito a divisões de classe]. Foi depois da guerra que você passou a escutar o que as pessoas andavam dizendo. Mas naquela época, eu não estava ciente de coisas como classe ou posição social ou o que fosse. Porque nenhum dos meus pais – nem meu pai nem minha mãe nos ensinou esse tipo de coisa. Mas era ... Eu não sei dizer. Meu pai adorava usar o linguajar deles; às vezes era uma forma meio grosseira, às vezes era ... era como as pessoas falam umas com as outras – como se eles fossem caipiras ou interioranos ou algo do gênero. Mas tinha um grupo de japoneses que falava assim também, e ele usava esse tipo de linguajar – certas expressões para fazer com que eles se sentissem em casa. Eu então escutava esse tipo de linguajar e pensava: “Ah, o Sr. Fulano de Tal deve estar aqui”. Quer dizer, dava para você saber através do linguajar ou sotaque que ele usava. Era interessante escutar. E meu pai não era do tipo que sussurrava, sabe. Ele era do tipo que falava alto e dava tapinha nas costas...

E*: E você acha que ele agia assim apenas para fazer com que seus pacientes se sentissem mais confortáveis?

Hmm-hmm. Porque foi apenas com sorte que ele chegou àquela posição – naquela época, na posição que ele tinha. Eu não acho que ele se via como alguém todo importante.

* “E” representa o entrevistador (Tom Ikeda).


hospitais japoneses

Data: 21 de setembro de 2009

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: Tom Ikeda, Martha Nakagawa

País: Denshō: The Japanese American Legacy Project.

Entrevistados

Mulher nisei. Nascida em 30 de abril de 1928 em Los Angeles, na Califórnia. Ela cresceu no bairro de Boyle Heights, onde seu pai era um médico de renome. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi enviada para o campo de internamento de Poston, no Arizona. Ela saiu de Poston com sua família para trabalhar numa plantação de beterraba doce no Colorado. Eventualmente, retornou a Los Angeles, onde seu pai reestabeleceu sua prática de medicina. Ela faleceu em novembro de 2016, aos 88 anos de idade. (Abril de 2020)

Kuroiwa,Margaret

Maryknoll Sanitarium

Filha de médico issei