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Criando um registro para estudar os resultados dos transplantes (Inglês)

(Inglês) Nós estudamos o resultado de [cirurgias de] transplantes e queríamos saber qual seria o resultado se houvesse incompatibilidade de raças entre pessoas que fossem compatíveis. E também, se fossem incompatíveis para um tipo e um outro tipo para outro tipo, isso faria diferença? Então para isso, precisávamos obter dados. Precisávamos descobrir o que acontecia após o transplante. Por isso, criamos este registro em 1970, e ele [o registro] ainda existe hoje1.

O registro é para coletar os dados dos pacientes, os pacientes transplantados e após serem transplantados, ver como eles estão. Assim, todo ano, nós perguntaríamos a eles e perguntaríamos ao centro [de transplantes], como o paciente estava se recuperando. E então a partir disso, poderíamos olhar para diferentes fatores, assim como você mencionou, a raça do doador. Por exemplo, o tamanho do doador, descobrimos que se o doador é muito pequeno, o rim é muito pequeno, então isso coloca um esforço extra sobre o rim e o rim não dura tanto tempo quanto um rim maior. Além disso, se o rim é de uma pessoa de idade, muitos dos néfrons2 estão danificados. Então, quando você transplanta o rim, ele não funciona tão bem. Foram todos esses fatores diferentes que nós estudamos. Às vezes, [no caso de] pacientes negros, há um nível menor de transplantes. E nós não sabemos exatamente o que deve ser feito. Alguns deles podem ser as condições sócio-econômicas, mas outros podem ser inerentes – uma forte resposta imunológica que foi capaz de reagir contra o rim. Assim, tem sido uma espécie de mina de ouro.

Nós fazíamos o registro na UCLA [Universidade da Califórnia em Los Angeles]. E posteriormente, o governo criou o que é chamado o Registro UNOS. E de 1987 a 1999, tivemos o registro UNOS. Então, [nós] coletamos dados de cada paciente. E o registro UNOS é diferenciado no mundo na medida em que exige que cada paciente transplantado seja registrado. Não há nenhum outro tratamento na medicina que seja como este, que a partir do registro, possamos estudar todos esses vários fatores nos transplantes. E eu acho que é extremamente único. É o único registro de doenças relacionadas e o único no mundo que é obrigatório, significa que todo transplante que algum cirurgião realiza, deve ser relatado. E, também, o governo tem um controle, sendo que se ele [o cirurgião] não reporta o transplante, não recebe o pagamento. Portanto, é um tipo muito importante de atividade que vem acontecendo nos últimos 20 anos.

1. Em 1970, Dr. Terasaki foi fundamental na criação do UCLA Kidney Transplant Registry [Registro de Transplante de Rins UCLA]. Posteriormente, [o Registro] evoluiu para o United Network for Organ Sharing (UNOS) Kidney Transplant Registry [Rede Unida para Compartilhamento de Órgãos - Registro de Transplante de Rins].

2. Néfrons são as unidades funcionais básicas do rim. Há cerca de um milhão de néfrons em cada rim.


medicina

Data: 10 de fevereiro de 2004

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: Gwenn M. Jensen

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.

Entrevistados

Paul Terasaki nasceu em 1929, é professor emérito da escola de medicina da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e pioneiro na pesquisa de transferência de tecido. Continua a divulgar globalmente os tipos de tecido e transplante de órgãos. Em 1991 publicou um livro chamado History of Transplantation: Thirty-five Recollections.

Ele e sua esposa Hisako, renomada artista plástica, têm forte interesse na relação E.U.A.-Japão e assuntos relacionados a comunidade nippo-americana. O casal estabeleceu uma doação para o UCLA Asian American Studies Center para fundar uma associação para estudantes de mestrado/doutorado japoneses na UCLA e que fazem pesquisa em experiências e assuntos históricos e contemporâneos da população nippo-americana. Adicionalmente, o presidente do Paul I. Terasaki Endowed na relação E.U.A.-Japão apóia o distinto programa criado para trazer experts no campo de estudos japoneses e relações E.U.A.-Japão para a UCLA. (10 de fevereiro de 2004)

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