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A investigação da polícia (Japonês)

(Japonês) Pouco depois do fim da guerra, fui chamada à polícia, eu e o Sr. Takahashi. Os Srs. Miyakoshi e Ishinara já estavam presos. Nós dois 2 livres, trabalhando. Fizeram perguntas terriveis, fiquei em pé por 5 horas, perguntaram tudo sobre o Sr. Shimada, várias coisas. Precisei responder. Queriam saber de onde vinha o dinheiro do nosso trabalho. Contei tudo, menos o que recebíamos das 4 empresas japonesas. Disse que arrecadávamos dos trabalhadores doação e eles acreditavam. O governo já havia começado as liquidações de contas nessas empresas e, se eu falasse, teria de devolver. O que falei, após pensar, nos salvou. Após 5 horas leram tudo, mas havia coisas que eu não tinha dito. “Isso eu não falei”, “Sim, falou”. “Não falei”. Quase brigamos e, no fim zangados, apagaram. No fim do depoimento, tinham escrito sobre a família que me criou. Disse: “Não falei isso, apaguem, por favor”. E isso riscaram sem problemas. Aí me mandaram assinar um monte de papeis. Assinei. Quando ia saindo, disseram: “Não fale nada à ninguem, põe ziper na boca”.


caridade Segunda Guerra Mundial

Data:

Localização Geográfica: Brasil

País: Caminho da memória - 遥かなるみちのり. São Paulo, Brazil: Comissão de Elaboração da História dos 80 Anos de Imigração Japonesa no Brasil, 1998. VHS.

Entrevistados

Margarida Tomi Watanabe (anteriormente Ikegami)—conhecida como a “Mãe das Migrações Nikkeis”—nasceu na província de Kagoshima em 1900. Aos 10 anos de idade, depois de descobrir que seus vizinhos estavam emigrando para o Brasil, ela decidiu também partir para o Brasil na esperança de aliviar a situação financeira de sua família. A bordo do Kanagawa Maru, ela chegou no porto de Santos em março de 1912, indo morar com seu tio que já havia se estabelecido no país. Ela foi tratada como uma filha, e aos 18 anos mudou seu nome oficialmente para Margarida. Em 1928, ela se casou com o Sr. Watanabe, o primeiro contador público certificado de origem japonesa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ela viu seus compatriotas serem presos e encarcerados; apesar de viver uma situação difícil por ser vista como uma “estrangeira inimiga”, ela decidiu dar início a atividades de assistência. Em junho de 1942, ela estabeleceu a Associação Católica Japonesa de Assistência. Ela continuou seu trabalho de assistência social após o fim da guerra, e abriu o Ikoi-no sono, um asilo para nikkeis idosos que continua em operação até hoje. Ela faleceu aos 95 anos em 1996.

Como reconhecimento pelas suas contribuições ao bem-estar social, ela recebeu vários prêmios, incluindo o Prêmio Cultural Yoshikawa Eiji (1992) e o Prêmio Asahi do Bem-Estar Social (1993). (22 de junho de 2007)

Hohri,William

Interned at age fifteen, I saw camp as an adventure

(1927-2010) Ativista político

Kozawa,Sumiko

Coming back to America from Japan before the war

(1916-2016) Florista

Kozawa,Sumiko

Her experience of Japanese American Evacuation

(1916-2016) Florista

Kozawa,Sumiko

Working in the camp hospital

(1916-2016) Florista

Kozawa,Sumiko

Experiencing prejudice after the war

(1916-2016) Florista

Ochi,Rose

Incarceration, Deportation, and Lawyers

(1938-2020) Advogada e ativista de direitos civis nipo-americana

Murakami,Jimmy

Leaving Tule Lake

(1933 - 2014) Animador nipo-americano

Murakami,Jimmy

Introduction to Film

(1933 - 2014) Animador nipo-americano

Murakami,Jimmy

Seagulls

(1933 - 2014) Animador nipo-americano

Ito,Willie

Father’s Optimism

(n. 1934) Artista premiado de animação da Disney, encarcerado em Topaz durante a Segunda Guerra Mundial

Ito,Willie

Tanforan Assembly Center

(n. 1934) Artista premiado de animação da Disney, encarcerado em Topaz durante a Segunda Guerra Mundial

Ito,Willie

Father making shell brooches at Topaz

(n. 1934) Artista premiado de animação da Disney, encarcerado em Topaz durante a Segunda Guerra Mundial

Ninomiya,Masato

O ensino de línguas estrangeiras foi estritamente regulamentado durante a guerra

(n. 1948) Professor Doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – Advogado – Tradutor