(Japonês) Vinham muitos velhinhos. Perguntava-me onde interná-los. Conseguimos vários locais: Osasco, Vila Matilde, Jaçanã. Nessa época, sonhava em construir um asilo de velhos. Quando a assistência social se organizou, começou a guerra. Havia um franciscano, Frei Bonifácio, que falava japonês e gostava dos japoneses. Ajudou-nos, encarregou-se da evangelização. Ia com ele visitar os hospitais e, se alguém ia falecer, batizávamos e enterrávamos. Mesmo depois da guerra, nos ajudou mais 10 anos. Nessa época, quis saber se não havia um bom terreno para construir um asilo de velhos. E, saí a procurar. O padre falou: “O novo bispo gosta de você, fale com ele, quem sabe ele cede o terreno do Bom Sucesso?” Fui falar, e ele cedeu de muito bom grado. “Dou como recompensa, pois trabalharam arduamente”. Deu-nos estes 10 alqueires e o prédio. Perguntou quanto queríamos e respondi que 5 alqueires eram suficientes. O diretor, Sr Ishinara, tinha um hotel e mudou-se para cá. Recebemos o terreno em 1957. Ele pintou a casa em 1958, na comemoração dos 50 anos da imigração japonesa, com o Sr. Yanomine Jingoro, que veio no Kasato Maru, e estava dentro da casa, imóvel na cama. A inauguração no dia 18 ia ser uma confusão, então decidimos inaugurar antes. Foi no dia 24 de maio e só tinha o Sr Yanomine. Já, no asilo de Jaçanã, colocamos 40, 50 pessoas. Mas não podíamos trazê-los porque só cabiam umas 20. Assim, só ele que veio no Kasato Maru, foi internado. Mas ele gostava do Jaçanã e, em menos de dois meses, disse que voltaria para lá. E voltou, nós o levamos.