Crônicas Nikkeis n.º 4—Família Nikkei: Memórias, Tradições e Valores
Os papéis e tradições nas famílias nikkeis são únicos porque evoluíram ao longo de muitas gerações, tendo como base variadas experiências sociais, políticas e culturais nos países para onde migraram.
O Descubra Nikkei coletou histórias do mundo todo relacionadas com o tema Família Nikkei, incluindo histórias que contam como sua família influencia quem você é e que nos permitem compreender suas perspectivas sobre o que é família. Essa série apresenta essas histórias.
Para essa série, solicitamos que o nosso Nima-kai votasse e que nossa comissão editorial escolhesse suas favoritas.
Aqui estão as histórias favoritas selecionadas.
Seleções dos Comitês Editoriais:
- PORTUGUÊS:
Minha vida, nossa vida: O presente, o passado e o futuro
Por Kiyomi Nakanishi Yamada - INGLÊS:
Vai Dar uma Caminhada: Coragem, Perseverança e Gaman
Por Jeri Okamoto Tanaka
Don’t Worry Be Hapa
Por Kimiko Medlock
- ESPANHOL:
As Aventuras do Papai
Por Marta Marenco
- JAPONÊS:
História de minha avó que eu ouvi neste verão às vésperas de meus 20 anos
Por Dan Kawawaki
Escolha do Nima-kai
- 23 estrelas:
Uma carta aos meus pais
Por Mary Sunada
Stories from this series
Minha vida, nossa vida: O presente, o passado e o futuro
22 de Setembro de 2015 • Kiyomi Nakanishi Yamada
Nesta vida somos protagonistas de várias histórias, mas em muitas situações os atores permanecem desconhecidos porque suas memórias não foram registradas. Meus avós maternos e paternos nasceram e viveram em Osaka e Tóquio até a década de trinta quando vieram para o Brasil trabalhar nas lavouras dos produtores de café. Sizuyo, minha mãe, atualmente com 89 anos é a única memória viva da família dela e também do meu pai. Quando completou 70 anos manifestou o desejo de registrar as …
De Okinawa ao Havaí e de volta
18 de Setembro de 2015 • Laura Kina
Eu sou um H apa, Yonsei Uchinanchu (um mestiço, americano de Okinawa de 4ª geração), que nasceu em Riverside, Califórnia, em 1973 e foi criado à sombra das montanhas Cascade, no estado de Washington. As raízes da minha mãe vêm de migrantes hispano-bascos na Califórnia e de sulistas brancos no Tennessee. Meu pai é de Okinawa, do Havaí. Como não pareço muito branco, as pessoas perguntam frequentemente: “O que é você?” Desde cedo, embora o Havai e o Japão fossem …
As Aventuras do Papai
15 de Setembro de 2015 • Marta Marenco
Todas as tardes, o meu pai, Tatsuzo Tomihisa, saía para a calçada e se sentava nos degraus na entrada da nossa casa. Enquanto contemplava a rua em silêncio, imediatamente a garotada do bairro se aproximava dele, como se estivessem esperando por ele. Ele os recebia com um sorriso, porque adorava crianças e posso atestar que tinha uma paciência infinita para compartilhar suas histórias. Sua terra natal ficava tão longe, que todo mundo queria saber como ele havia cruzado aquele vasto …
Uma carta aos meus pais
9 de Setembro de 2015 • Mary Sunada
Mamãe e papai queridos, Eu sou a Mary, sua filha, e vocês são meus pais, Yaeko e Yoneto Nakata. Lamento muito que essa carta tenha levado tanto tempo para ser escrita. Tornei-me muito ocupada com o trabalho, casamento e família. Eu não encontrava as palavras certas para expressar meu apreço e agradecimento a vocês. Não percebi toda a dor que vocês sofreram após a Segunda Guerra Mundial. O Ano Novo de 1948 era para ser o evento mais feliz para …
O que conhecer meu tio há muito perdido me ensinou sobre família
26 de Agosto de 2015 • Mia Nakaji Monnier
Até ir para o Japão, só conversei com meu tio duas vezes: uma vez, quando minha avó japonesa morreu, e outra, quando meu avô morreu. Apenas duas pessoas ligavam regularmente para casa e falavam em japonês, e eu conhecia bem a voz de ambas: a mais velha era minha tia-avó; a mais nova com sotaque britânico era Mayumi, uma velha amiga da minha mãe, que também anglicizou seu nome como “Muh-you-me”. Então, quando o “ moshi-moshi ” – aquela versão …
Alegre
12 de Agosto de 2015 • Barbara Nishimoto
Na minha família contávamos histórias; nós relembramos. Durante e após as refeições. Sentados na sala todos juntos sem nenhum motivo específico. Como estávamos todos tão unidos, não havia necessidade de começo, meio e fim. Um de nós pronunciava uma única frase, uma frase. Isso foi o suficiente. Foi uma deixa. “Ah, eu lembro.” Sorriríamos e acenaríamos com a cabeça e, como um coro, repetiríamos juntos a memória. As histórias eram sempre sobre um de nós ou sobre todos nós. Às …