Entrevistas
O exame de português (Japonês)
(Japonês) Finalmente, iniciaram-se os exames. Naquela época havia exame escrito e oral. O Português, no escrito, dava para fazer pensando um pouco, mas no oral não entendia nada do que o professor dizia. Geografia e História também, pedíamos que repetissem várias vezes a pergunta. No exame oral, ficava um monte de alunos atrás e, quando falávamos algo, riam muito e, só com isso, ficávamos muito nervosos por que não entendíamos nada. Na prova de português, três professores à nossa frente, faziam as perguntas. Eu passei raspando, mas outro, ao conjugar o verbo “chover” dizia “eu” e conjugava, aí os alunos morriam de rir e nós ficávamos apavorados! E o tema de redação estava escrito: “O sofrimento”, nós devíamos escrever 20 linhas no papel almaço. Mas, não sabíamos o significado. Eu vi o italiano, o francês, todos escrevendo e me assustei. Eu tinha que escrever algo. Vi que o dia estava lindo e escrevi: “ Que bom seria um passeio num dia como hoje” depois, vendo no dicionário, era um absurdo! Aquilo foi realmente um sofrimento! Assim, os três, não passamos no exame de português.
Data:
Localização Geográfica: Brasil
País: Caminho da memória - 遥かなるみちのり. São Paulo, Brazil: Comissão de Elaboração da História dos 80 Anos de Imigração Japonesa no Brasil, 1998. VHS.
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