Entrevistas

1. Memórias do navio rumo aos EUA

2. Trovão em Crystal City

3. Atividades infantis em Crystal City

4. Ter uma casa no acampamento

5. Não tendo para onde ir no pós-guerra

6. Sentimento de estranheza

7. A arte o ajudou a se sentir menos estrangeiro na escola

8. Primeira tropa de escoteiros em São Francisco

9. Viagem ao Japão como escoteiro

10. Jogando basquete no exército

11. Trabalhando como digitador no exército

12. Pintando murais e placas no exército

Naganuma,George Kazuharu

(n. 1938) Nipo-peruano encarcerado em Crystal City

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Atividades infantis em Crystal City

Eu lembro de brincar com meus amigos, eu acho, a gente saía e pegava lagarto e ia pegar peixinho, peixinho, no riacho, coisas assim eu lembro. Subir em árvores e, claro, nadar. Aprendi a nadar sozinho, foi natural para mim, simplesmente fomos nadar. E, claro, descobrimos que duas pessoas morreram afogadas, certo? Mas nadar era divertido. E depois de nadar íamos para casa a pé, e é um grande pomar, eles estavam cultivando toranjas, e íamos lá e nos servíamos de toranja, eu me lembro disso. E eles tinham muita cana-de-açúcar crescendo em todos os lugares e, ah, isso era bom, costumávamos comer isso quase sempre que tínhamos a chance de voltar para casa.

Lembro que fui ver algumas pessoas tendo aulas de kendo. Tinha uma escola onde íamos de manhã, todos fazíamos fila no quintal e fazíamos exercícios como fazem no Japão, eu acho. Aí também tinha noite de cinema, eles passavam filme à noite lá fora, e a gente trazia comida e curtia nosso filme.

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Data: 20 de setembro de 2019

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: Tom Ikeda and Yoko Nishimura

País: Watase Media Arts Center, Museu Nacional Nipo-Americano e Denshō: O Projeto Legado Nipo-Americano .

Entrevistados

George Kazuharu Naganuma nasceu em Lima, Peru, de pais isseis em 1938. Sua família foi forçada a embarcar em um navio, para ser encarcerada em Crystal City, Texas, durante a Segunda Guerra Mundial. Eles permaneceram lá mesmo depois do fim da guerra, sem ter para onde ir. Eles conseguiram sair por meio de um apoio de um reverendo em San Francisco, Califórnia, onde conseguiram encontrar emprego e moradia. George se juntou aos escoteiros em São Francisco e pôde visitar o Japão com sua tropa. Ele se juntou ao Exército dos EUA e trabalhou como datilógrafo escriturário. (Junho de 2020)