Lembranças da infância: japonês 1, japonês 2… (Espanhol)

Transcrições disponíveis nas seguintes línguas:

(Espanhol) Eu nasci na fazenda San Nicolás, no lugar onde ficava a colônia japonesa do norte, uma dentre várias. Tinha uma colônia, eu me lembro, em Cañete e também uma outra ... não lembro agora, acho que tinha uma até em Trujillo – quero dizer, Chiclayo. Esses eram os locais onde a colônia japonesa se agregava. A fazenda pertencia, é claro, a um peruano que precisava de mão-de-obra barata.

Eu me lembro que uma das coisas que eu achava engraçado (risos) – não sei se o que vou te contar vai te fazer rir, mas quando eu era pequeno e andava solto pela área, nos sábados me lembro de ir ao lugar onde pagavam os salários aos obreiros. Eles tinham acabado de pagar os peruanos, é claro usando seus respectivos nomes, Luis Collantes, ou o que fosse. Mas quando começavam a pagar aos japoneses, eles não os chamavam pelo nome. Eles diziam “Japonês número 1”, “Japonês número 2”. Eu morria de rir que eles não conseguiam dizer, por exemplo, Shinki, Hitotuishi – são nomes difícieis para eles, e para escrevê-los era pior ainda. Essa é a coisa curiosa que eu vi quando era garoto.

Data: 6 de setembro de 2007
Localização Geográfica: Lima, Peru
Interviewer: Harumi Nako
Contributed by: Asociación Peruano Japonesa (APJ)

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