Entrevistas
Orgulhoso de ter sangue japonês (Espanhol)
(Espanhol) Eu vim para cá no Buenos Aires Maru. Era praticamente um—como se diz—um encouraçado, ou algo assim. Mas os tripulantes, a maioria estava indo para a guerra. E antes de chegar em Yokohama—porque primeiro chegamos a Yokohama e depois em Kobe ... Eu desembarquei em Kobe. Mas antes de chegar a Yokohama, já todos os dias—todos os dias—fazíamos como se diz em nihongo [japonês], “donchan sawagi” [alvoroço em festas com bebidas]. Como estávamos indo para a guerra, sabe, festejávamos com bandeiras e um montão de coisas. Quando chegamos a Yokohama foi uma festa incrível, a nossa recepção, porque já tinham tudo preparado. Por isso te digo: antes da Guerra vi o melhor lado de Nihon [Japão]; [vi o Japão também] durante a Guerra, após a Guerra, e depois de um tempo, mais ou menos 20 anos depois ... Vi as 4 caras de Nihon, eu vi sim. Por isso, posso dizer que tive sorte de ter visto todos esses lados de Nihon: o pior, o bom, o mau, pior, melhor, e muito melhor. Vi todos esses lados. Isso eu não digo a ninguém, é claro, pois é algo que tenho lá dentro: é um orgulho que tenho da força do nihonjin [japonês]. Existem muitos que não dão bola para isso, mas eu me sinto assim.
Data: 18 de setembro de 2006
Localização Geográfica: Buenos Aires, Argentina
Entrevistado: Takeshi Nishimura, Ricardo Hokama
País: Centro Nikkei Argentino
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