
Crônicas Nikkeis
#13
Nomes Nikkeis 2: Grace, Graça, Graciela, Megumi?
Na nossa 13ª edição das Crônicas Nikkeis, Nomes Nikkeis 2: Grace, Graça, Graciela, Megumi?, pedimos aos participantes que explorassem os significados e origens dos nomes nikkeis.
O Descubra Nikkei aceitou textos enviados entre junho e outubro de 2024. Recebemos 51 histórias (32 em inglês; 11 em português; 7 em espanhol; 3 em japonês) da Austrália, Brasil, Canadá, Cuba, Japão, México, Peru e Estados Unidos, sendo que uma história foi enviada em vários idiomas.
Agradecemos a todos que enviaram as suas histórias atendendo à chamada Nomes Nikkeis 2!
Pedimos ao nosso Comitê Editorial para selecionar as suas histórias favoritas. Os membros da nossa comunidade Nima-kai também votaram nas histórias que mais curtiram—a votação foi encerrada em 20 de dezembro de 2024. Aqui estão as favoritas deste ano!
Nesta página
Aviso: Ao enviar a sua história, você concede permissão ao Descubra Nikkei e ao Museu Nacional Japonês Americano de postar o seu artigo e imagens no site DiscoverNikkei.org, como também possivelmente em outras publicações impressas ou online que sejam afiliadas a este projeto. Tal permissão inclui quaisquer traduções do seu trabalho relacionadas ao Descubra Nikkei. Você, o autor, retém os direitos autorais. Para maiores informações, leia os Termos de Serviço e a Política de Privacidade do Descubra Nikkei.
A favorita dos Nima-kai

A Favorita do Comitê Editorial
Português

Comentário de Liana Nakamura
Laura Hasegawa após tantos anos contribuindo para a literatura nikkei nos transporta para sua infância no artigo “Por que não tenho nome japonês”. Conta os causos do pai, possuidor de um nome considerado feminino e da confusão cartorial que o fazia justificar a existência de um “clone”. Sua mãe também possuía um nome considerado masculino e isso resultou em inúmeras violências raciais e de gênero. A ancestralidade machucava diariamente por conta de algo tão simples e complexo quanto um nome. A solução para sua família? Um nome em latim. Laura.
A criação do sobrenome artístico-literário “Honda-Hasegawa” já demonstrava o desejo pungente de ser “única” e recuperar o sobrenome da mãe da cultura machista e patriarcal dos imigrantes japoneses. Laura não somente recupera sua história, mas também aponta para um futuro inovador, agora, como seu novo nome de teóloga: Láurea Hasegawa. Divino!
Inglês

Comentário de Kristen Nemoto Jay
Apesar de todas as histórias terem as suas diferentes e maravilhosas mensagens de resiliência, perseverança e amor derrotando o ódio, a que mais se destacou para mim é “Mako”, de Mako Kikuchi.
Seu texto me levou numa jornada pela história da sua família – o autor revela circunstâncias que foram difíceis para eles, mas se mantém reflexivo e resiliente. A homenagem de Mako, anteriormente Paul, Kikuchi ao seu avô, Arthur Makoto Kikuchi, ao se chamar “Mako” porque o seu avô “não pôde”, me levou às lágrimas. Sua profunda conexão com quem ele é e sua aceitação espontânea de kuleana (palavra havaiana para “responsabilidade”) – o que o faz levar adiante o nome da sua família – me fizeram escolher essa história como a minha favorita. Um trabalho muito bem feito.
Espanhol

Comentário de Mônica Kogiso
Escolher um nome é um ato muito especial, já que quem recebe o nome irá conviver com ele a vida toda e quem dá o nome tem a responsabilidade de fazer a escolha certa. O número de traços, o som do nome, assim como também a sua simetria desempenham um papel importante na escolha dos nomes japoneses.
E de acordo com quase todos os relatos que já li, os nikkeis têm um nome no idioma do país onde nasceram e um outro em japonês que pode ou não ter sido registrado na certidão de nascimento. E a essa escolha ainda se soma a harmonia que o nome em japonês deve ter com o nome em espanhol.
O artigo que escolhi é “A Tão Esperada Harumi”, no qual a autora compartilha a história sobre o seu nome de um modo agradável, simples e divertido. Ela descreve como o seu nome foi bolado, querido e sonhado pelo seu pai e tornado realidade pela sua mãe. Além disso, ela sumariza a importância do momento da escolha do nome de uma pessoa, o qual acaba por definir a personalidade e o destino dela.
Japonês

Comentário de Eijiro Ozaki
Trata-se de um ensaio que aborda uma questão que remonta ao início dos anos 1900 quando, dentre os japoneses que imigraram para o Brasil, houve quem tivesse seu nome registrado incorretamente na carteira de identidade de estrangeiros, o que lhe causou experiências frustrantes e dificuldades inimagináveis no decorrer da vida.
“Nomes japoneses são difíceis de os brasileiros pronunciarem, além de causarem embaraço para quem os tem” – assim pensou o pai da autora quando lhe deu o nome de LAURA. E, quando finalmente Laura publicou o seu primeiro romance, ela pôde usar os sobrenomes de seus pais ao adotar o nome literário LAURA HONDA-HASEGAWA. Eu posso imaginar o quão gratificante tenha sido essa oportunidade, esse momento!
Escrito de maneira brilhante, este ensaio relembra a força de espírito com que essas pessoas conseguiram vencer toda sorte de adversidades na nova terra. A todos vocês, os meus aplausos calorosos do fundo do coração!
Histórias



















































Parceiros da comunidade

A Asociación Peruano Japonesa (APJ—Associação Peruana Japonesa) é uma organização sem fins lucrativos que representa a comunidade nikkei peruana e as suas instituições. Fundada em 3 de novembro de 1917, a APJ preserva a memória dos imigrantes japoneses e seus descendentes, realiza atividades de promoção cultural e assistência social, e presta serviços de educação e saúde. A APJ também promove o intercâmbio cultural, científico e tecnológico entre o Peru e o Japão, fortalecendo as relações amistosas entre os dois países.

A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social – Bunkyo
A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e Assistência Social – Bunkyo foi fundada em 1955 para aumentar o conhecimento e a confraternização entre os nipo-brasileiros, promover a preservação e divulgação da cultura japonesa, e intensificar os intercâmbios entre o Brasil e o Japão. Situada no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo, ela também é responsável pela administração do Pavilhão Japonês no Parque Ibirapuera e do Parque Bunkyo Kokushikan em São Roque.

O Rafu Shimpo é um jornal bilíngue em japonês e inglês, com sede em Little Tokyo, no centro de Los Angeles. Fundado em 1903, o Rafu Shimpo sobreviveu a duas guerras mundiais, uma depressão econômica, e a evacuação forçada de toda a nossa comunidade. Hoje em dia, ele é o diário nipo-americano mais antigo dos Estados Unidos.
A missão do Nikkei Australia é preservar e promover o legado da diáspora japonesa na Austrália através de atividades artísticas, culturais, acadêmicas, educacionais e comunitárias. Criado em 2013 por pesquisadores que ajudaram a agilizar o Projetos sobre o Internamento de Civis, os membros do Nikkei Australia incluem acadêmicos, profissionais das áreas de humanas, profissionais culturais comunitários, e indivíduos interessados em documentar histórias dos nikkeis e histórias passadas na Austrália.
Comitê Editorial
Estamos profundamente gratos pela participação do nosso Comitê Editorial:
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PORTUGUÊS
Liana Nakamura é autora do livro amarela-manga: uma antologia nipo-poética, como também Bibliotecária especialista em Diversidade e Inclusão. Ela é vencedora do Prêmio Literário Nikkei (Mangá) da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social e da 37ª edição do Prêmio Yoshio Takemoto da Revista Literária Nikkei Bungaku.
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INGLÊS
Kristen Nemoto Jay é a ex-editora do defunto jornal The Hawai'i Herald. O seu avô já falecido, Wilbert Sanderson Holck, era um veterano do 442º Regimento de Infantaria da Segunda Guerra Mundial e ajudou a forjar a relação de cidades-irmãs entre Bruyères, na França, e Honolulu, no Havaí. Ela é formada em sociologia pela Chapman University e tem mestrado em jornalismo pela DePaul University.
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ESPANHOL
Monica Kogiso, nissei argentina e produtora na mídia japonesa, traduziu literatura e contos infantis de autores japoneses. Formada pela Universidade de Salvador, ela é especialista em viagens no Japão, organizando eventos que criam laços entre pessoas e culturas. Além disso, ela promove iniciativas de liderança voltadas para a juventude nikkei da Argentina e América Latina.
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JAPONÊS
Eijiro Ozaki é um ator japonês que deu início à sua carreira com papéis no teatro e na televisão em Tóquio no final dos anos 90. Seus créditos no cinema e na TV incluem o épico da Segunda Guerra Mundial Cartas de Iwo Jima, como também Shogun, Heróis e O Último Samurai. Ozaki é o autor de 『思いを現実にする力』 (“O Poder de Transformar Pensamentos em Realidade”) e da revista via email 『夢をつかむプロセス』 (“O Processo de Concretizar os Seus Sonhos”).
Agradecemos ao Jay Horinouchi por ter criado um logotipo super legal para esta série, como também à nossa sensacional equipe e aos voluntários que têm nos ajudado a revisar, editar, carregar online e promover este projeto!
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