O mais jovem de seis filhos da família Hohri, William Hohri nasceu em São Francisco, na Califórnia, em 1927. Após o início da Segunda Guerra Mundial, William e sua família foram encarcerados no campo de concentração de Manzanar na Califórnia. Uma semana depois de terminar o ensino secundário, Hohri foi liberado para ir estudar no Wheaton College em Wisconsin. Em março de 1945, Hohri tentou visitar seu pai em Manzanar, mas acabou sendo detido por ter viajado sem permissão. Ele recebeu uma “ordem individual de exclusão” [versão “individual” de uma lei que exigia a relocação de nipo-americanos] e, sob a mira de armas, foi forçado a deixar a Califórnia antes da meia-noite daquele mesmo dia.
Mais tarde, Hohri se tornou membro da Liga dos Cidadãos Nipo-Americanos (JACL), mas ficou desapontado com a falta de interesse nos movimentos anti-guerra e de direitos civis. Quando a JACL apoiou uma comissão do congresso visando um estudo sobre os campos de concentração, em maio de 1979 um grupo de dissidentes de Chicago e Seattle liderados por Hohri formaram o Conselho Nacional para as Indenizações aos Nipo-Americanos (NCJAR), o qual buscava indenizações através de pagamentos individuais diretos. A princípio, Hohri e o NCJAR trabalharam com o Deputado Mike Lowry (Democrata do estado de Washington), mas quando a resolução foi derrotada, Hohri e o NCJAR redirecionaram seus esforços para buscar indenizações através das cortes. Em 16 de março de 1983, Hohri e 24 outros queixosos entraram com uma ação judicial coletiva contra o governo americano, exigindo US$27 bilhões de indenização.
Ele faleceu aos 83 anos em 12 de novembro de 2010. (Novembro de 2011)