(Espanhol) Eu acho que a evolução do que significa ser nikkei foi diferente de acordo com cada país. Eu estou me referindo de maneira generalizada à América Latina. Através da Associação Panamericana Nikkei tive a oportunidade de conhecer as diversas realidades dos nikkeis na América Latina e, é verdade, existem algumas raízes em comum. Mas também há certas diferenças. Eu diria que a maior diferença que eu vejo tem a ver com o número de japoneses que se estabeleceram em um determinado lugar. Nos lugares onde existem muitos japoneses, você vai encontrar colégios japoneses. Eles têm organizações japonesas, igrejas japonesas, budistas, o que for. Por outro lado, nos países como o Chile, não teve nada disso. Assim sendo, nos países onde vivem mais japoneses, é possível que os costumes e a cultura tenham sido preservados por mais tempo. Talvez não necessariamente evoluindo, mas tendo maior duração no lugar. No caso do Chile – e este é o meu caso – acho que optamos por nos adaptar à sociedade chilena o mais rápido possível para que pudéssemos continuar vivendo da melhor forma. Por exemplo, pode-se notar esse fato através da religião. No Chile há ... eh ... a religião majoritária é a católica e talvez tenha sido por essa razão que nós nos convertemos. Além disso, por exemplo, como é muito pequeno o núcleo de japoneses e nikkeis, os casamentos, os matrimônios com gente local foi muito maior que em outras partes. Naturalmente, isso levou entre outras coisas que o idioma fosse perdido rapidamente.
Data: 7 de outubro de 2005
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Ann Kaneko
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum