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Controvérsias sobre o filme (Inglês)

(Inglês) Sim, houve controvérsia. Foi o Frank Chin porque naquela época – se você der uma olhada na política daquela época, havia esse ... Foi então que nós levantamos os nossos punhos. Foi quando nós nos tornamos ... “Olha, nós vamos colocar a boca no mundo” e ... principalmente os rapazes. Porque eu acho que os homens asiáticos passaram por situações bem difíceis. Passaram mesmo. Eles queriam demonstrar a sua masculinidade e [mostrar] que não iriam mais aceitar aqueles abusos passivamente.

E o que incomodou o Frank Chin, eu diria, é que ele queria ter dirigido o filme. Umas das razões que ... Ele achou que o filme não foi “estridente” o suficiente. Em outras palavras, ele reclamou: “Por que você não bateu ... Por que você não mostrou eles batendo nos japoneses fora do cinema [durante a Segunda Guerra]?” – aquela cena [do filme]. Eu respondi: “Olha, você quer ver um bando de japoneses apanhando? Porque é isso o que acontece quando você mostra esses tipos de imagens. As pessoas as imitam”. O que eu quero dizer é que sempre que se mostra violência na televisão, as pessoas fazem igual e qual é a vantagem disso? A gente sabe que foi algo terrível. Ele disse: “O que foi mostrado foi bem fraco” para ele. E provavelmente foi mesmo para ele porque ele escreve bem ... Ele é um ótimo escritor.

Infelizmente, ele é incapaz de dar crédito aos outros pela maneira deles escreverem ou pela maneira deles demonstrarem a sua criatividade. Então ele fez uma coisa suja. Ele escreveu para o “New York Times” ... ele escreveu uma carta dizendo que achou o filme racista e que ele não queria o seu nome – ele era um extra [ou seja, não receberia crédito] – ele não queria o seu nome em conexão com o filme de maneira nenhuma. Ele escreveu isso e eles publicaram sua carta porque acharam que ele havia escrito o roteiro já que ele era o Frank Chin, o escritor. Aquilo foi bem desagradável. O que ele fez deixou o John muito chateado. Não só emocionalmente. [O John] estava fazendo um esforço enorme [para não ofender os japoneses]. Mas foi uma coisa política naquela época. O Edison Uno, que era uma pessoa maravilhosa e era nosso consultor, ele disse: “Olha, eles vão usar isso como uma arma política porque qualquer ... Eles vão poder ficar por cima de tudo...”

Agora, eu sinto ... eu me sinto triste porque ele gostou do livro porque era sobre um homem asiático forte. Ele gostou deste aspecto e foi por isso que ele nunca falou mal do livro. Mas o filme – eu não sei o que foi. Eles [os personagens] estavam no filme. [O Frank Chin] aparentemente não gostou do fato de que o Corty foi o diretor, eu acho.


Califórnia campos de concentração Farewell to Manzanar (filme) (livro) Frank Chin campo de concentração de Manzanar filmes (movies) Estados Unidos da América Campos de concentração da Segunda Guerra Mundial

Data: 27 de dezembro de 2005

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

Entrevistado: John Esaki

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum

Entrevistados

Jeanne Wakatsuki Houston, co-autora do aclamado Farewell to Manzanar (Adeus a Manzanar), nasceu em 1934 em Inglewood, California. A mais nova de dez crianças, ela passou a infância no Sul da Califórnia até 1942 quando, junto com a família, foi encarcerada no Campo de Concentração Manzanar, Califórnia, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1945, a família retornou ao sul da California onde viveram até 1952, quando se mudaram para San Jose, Califórnia. Houston foi a primeira em sua família a conseguir um diploma. Ela conheceu James D.Houston enquanto freqüentava a Universidade Estadual de San Jose. Eles se casaram em 1957 e tiveram três filhos.

Em 1971, um sobrinho que nasceu em Manzanar, pediu a Houston que contasse como era o campo já que seus pais se recusavam a falar sobre o assunto. Enquanto contava, emocionou- se, então decidiu escrever, para ele e a famíla, ao invés de contar sua experiência. Juntamente com o marido, Houston escreveu Farewell to Manzanar. Publicado em 1972, o livro é baseado no que ela e a família enfrentaram antes, durante e depois da guerra. O livro tornou-se parte do currículo de muitas escolas, com o objetivo de ensinar aos alunos sobre a experiência Nipo-Americana, durante a Segunda Guerra Mundial. Um filme para a TV foi produzido em 1976, que recebeu um Prêmio Humanitas e foi indicado para o Emmy como melhor Roteiro Adaptado na categoria Drama.

Desde Farewell to Manzanar, Houston continuou a escrever sozinha e em parceria com o marido. Em 2003 seu primeiro romance, The Legend of Fire Horse Woman (A Lenda da Mulher Cavalo de Fogo) foi publicado. Ela ainda promove leituras, tanto na universidade, quanto na comunidade. Em 2006, Jeanne Wakatsuki Houston recebeu o Prêmio de Excelência do Japanese American National Museum (Museu Nacional Nipo Americano), por suas contribuições para a sociedade. (25 de novembro de 2006)

Sosei Matsumoto
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