(Inglês) A imagem que eles tinham de um americano era de uma pessoa branca ou alguém que não fosse asiático. Ou seja, quando eles conheciam alguém que era asiático-americano, especialmente um nipo-americano, para eles era algo ... Como você poderia ser categorizado? Como esta pessoa poderia ser encaixada na maneira deles pensarem? Pois eu provavelmente mudei a maneira de pensar de um montão de pessoas que vieram a me conhecer. Mas isso também me fez ficar ciente de ser ... de que eu não sou nem uma coisa nem outra. Eu sou as duas. E então muitos japoneses dizem: “Ah, isso quer dizer que sua mãe é americana?” E eu respondo: “Não, o meu pai é americano também”. Isso deixa eles confusos. “Mas você tem um nome japonês”. Eu digo: “Sim, porque o meu pai e a minha mãe são etnicamente japoneses, mas a sua nacionalidade é americana. Eles nasceram e cresceram nos Estados Unidos”. Isso leva a umas conversas longas. E isso também me fez ver como, de várias maneiras, eu sou ocidental e não japonesa. Se bem que o fato de eu ter crescido no Havaí, ser as duas coisas não era algo raro. Você estudava japonês, praticava certos costumes japoneses – não era uma coisa incomum. Mas para um japonês aqui, isso pode ser algo estranho. Eles pensam: “Como você consegue ser os dois?” Mas não é me esforçar para ser os dois; é uma coisa natural que acontece. Tinha uma época que os alunos ou até os professores diziam: “Qual o lado da família ... isso significa que você é meio-a-meio?” Eu respondia: “Não, isso não me faz meio-a-meio. Eu sou 100 por cento americana porque essa é a minha nacionalidade. Mas eu também sou 100 por cento japonesa porque os meus avós originalmente vieram do Japão. Ou seja, eu sou mais 200 por cento do que meio-a-meio”. Para eles, esse era um conceito completamente novo.
Data: 8 de novembro de 2003
Localização Geográfica: Tokushima, Japão
Interviewer: Art Nomura
Contributed by: Art Nomura, Finding Home.