Entrevistas
Encontro com Malcolm X (Inglês)
(Inglês) Um dia ele apareceu na corte e todos os garotos negros, eles correram para o salão de espera da corte – e rodearam o Malcolm, apertaram sua mão, e ele ... Eles estavam rindo e conversando e tudo o mais. Mas como eu não era japo... – quer dizer, como eu não era negra, eu pensei: “Eu não deveria ir até lá”. Porque eu me lembro de um artigo na revista Life sobre uma menina branca que se aproximou do Malcolm enquanto ele estava comendo e perguntou: “O que eu posso fazer por você?” – o que é uma coisa estranha para perguntar ao Malcolm. Ele só disse: “Nada”. E ela saiu chorando. Eu pensei: “Espero que algo assim não aconteça”. Talvez aquilo fosse coisa só para negros. Mas eu queria tanto conhecê-lo. Eu então perguntei às pessoas de cargo mais alto que estavam por ali: “Vocês acham que eu talvez pudesse tentar...” Eles haviam formado um círculo em volta do Malcolm. Um deles disse: “Bom, se você quiser tentar, mas ele pode te mandar ficar à distância”.
Então eu decidi tentar e fui me aproximando cada vez mais. Eu pensei: “Se ele olhar na minha direção eu vou aproveitar a chance para dizer alguma coisa”. Eu não sabia o que dizer, mas ele deu uma olhada uma vez. Então eu perguntei: “Eu posso apertar a sua mão?”
Ele perguntou: “Por que?”
E – e eu fiquei sem saber o que dizer. O que eu poderia ter respondido? “Eh ... Para te dar parabéns”. E ele perguntou: “Por que?”
E eu respondi: “Pelo que você tem feito pelas pessoas da sua raça”.
E ele disse: “O que é que eu tenho feito pelas pessoas da minha raça?”
E eu tive que pensar bastante para conseguir dar uma resposta. Eu disse: “Você está guiando elas”. Então ele saiu para fora do grupo. Ele esticou o braço, eu corri e agarrei as mãos dele. Foi um desses momentos de sorte mesmo.
Mais tarde, eu me juntei ao grupo dele e ia escutá-lo todas as semanas. Ele era uma pessoa tão especial. Você podia sentir isso. Não sei como explicar – ele era diferente. Talvez fosse algo espiritual, ou seu ... Ele era um líder nato. Ao mesmo tempo, ele era bem simples, despretencioso, e eu acho que ele realmente era uma pessoa bem modesta.
Data: 16 de Junho de 2003
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Entrevistado: Karen Ishizuka, Akira Boch
País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum.
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