Uma coisa engraçada que aconteceu foi que, quando eu era um jovem advogado, eu representava um grande banco em Nova York e tinha um cliente com quem tratávamos exclusivamente por telefone porque não tínhamos o Zoom naquela época.

E íamos nos encontrar pela primeira vez em Anchorage, Alasca, onde eu estava trabalhando em um grande financiamento para a Alaska Power Authority. Então, íamos nos encontrar no saguão do hotel, jantar e começar a conversar sobre os documentos.

Então, quando conheci meu cliente pela primeira vez, ele ficou chocado, não fazia ideia de que eu era asiática. E eu disse: "Bem, o que você esperava?". Ele respondeu: "Bem, eu sabia que você era do Centro-Oeste, e você não tem sotaque." E ele disse: "Eu só pensei que você fosse uma mulher loira, de olhos azuis, do Centro-Oeste, alimentada com milho." Então ele ficou chocado ao ver que eu era asiática.

E por falar em sotaque, muitas vezes as pessoas, pessoas que conheço pela primeira vez e completos estranhos, taxistas que puxam conversa, me perguntam: "De onde você é?". E eu costumo responder a essa pergunta dizendo: "Moro em Los Angeles e sou natural de Cleveland, Ohio". Porque para mim é importante ser de Cleveland, Ohio.

E então eles perguntam: de onde você é mesmo? E eu digo: bem, eu nasci em um hospital em Cleveland, Ohio. Mas eles insistem. E então eu sei que eles estão realmente perguntando sobre minha etnia. Então eu digo a eles: meus pais nasceram na Costa Oeste, são cidadãos americanos, e meus quatro avós imigraram do Japão na virada do século passado.