(Japonês) Os acontecimentos que tiveram maior influência na comunidade talvez tenham sido o Lehman Shock de 2008 (quebra do banco Lehman Brothers) e o Grande Terremoto de Tohoku, em 2011. Numa região onde viviam muitos brasileiros e peruanos, 30% ou 40% deles acabaram retornando ao país de origem. Daí as atividades comunitárias, os negócios próprios de cada etnia, tudo acabou. Também as escolas, por exemplo, as escolas para alunos brasileiros foram à falência.
Mas atualmente acho que as coisas acalmaram. Segundo dados, são cerca de 19.400 brasileiros e 48.000 peruanos. Além deles, perto de 2 a 3 mil pessoas de outros países. Trata-se de uma região com estrangeiros, mas eles vão se deslocando para lugares onde haja trabalho.
Antigamente, por exemplo, em Oizumi, província de Gunma, havia muito serviço, o que não significa que seja assim agora. Houve uma dispersão. Como é uma questão de vida, procuram onde haja trabalho, um tipo de trabalho que lhes garanta segurança, cuidados e serviços de assistência aos idosos. A tendência é mudar de emprego e morar em regiões que ofereçam isto.
O governo japonês está dando uma força para que eles tenham educação japonesa, que consigam obter certificado – se atingir o Nível 3 no exame de proficiência em língua japonesa podem obter licença para trabalhar em serviços de cuidados aos idosos. E quem tem um nível mais alto pode obter qualificação de soldador para trabalhar com uma variedade de técnicas de soldagem, que é um campo muito especializado. Para isso é destinado um financiamento público com direito a intérprete. E por cerca de 7 a 10 anos o governo tem dado suporte de diversas formas.
Data: 22 de setembro de 2019
Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos
Interviewer: Yoko Nishimura
Contributed by: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum