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Experiências em Hiroshima após a bomba atômica (Inglês)

(Inglês) Passando por aquilo, saindo da estação de trem de Nishi em Hiroshima – é quando começamos a andar no coração de Hiroshima, logo ao lado dos trilhos de bonde. Nós seguimos até ... passando pelo centro [onde explodiu] a bomba atômica e até a estação de trem [central] de Hiroshima. E ... tinha fumaça saindo. Não havia muitos incêndios, mas tinha fumaça saindo ... E tinha gente caída nas ruas e também no rio, corpos flutuando ... Nós pensamos: “Como é que pode, todas essas pessoas mortas? Por que eles não as colocam em algum lugar?”

Mas você tem que entender que isso aconteceu um dia e meio depois da bomba. E a gente ainda não sabia que tinha sido uma bomba atômica. Não sabíamos ... Depois que retornamos à nossa base militar em Tadanoumi foi quando nos disseram que a bomba atômica era um tipo muito especial de bomba. E então eles imediatamente – muitos dos meus amigos no exército estavam em Tadanoumi – voltaram para Hiroshima para ajudar os feridos e limpar tudo ... Mas muitos deles foram lá só para tratar das pessoas. Agora eu não sei ...

Mas sei que faltava assistência médica e tudo o mais. Mas os meus amigos fizeram tudo o que puderam, e eles me disseram que as pessoas estavam pedindo por um simples copo d’água. Mas [os soldados] foram avisados que não podiam dar água a ninguém porque seria fatal. Sabe, eles disseram que as pessoas os agarravam e diziam: “heitai-san” – o que quer dizer, “Soldado,” e diziam “por favor, por favor, me dá um pouco d’água”. Eles pediam isso e [os soldados] tinham que retornar, fechar os olhos e dar água. E eles disseram que, como esperado, umas 3 ou 4 horas depois, essas pessoas estavam mortas.

Eu não passei por essa experiência eu mesmo, mas soube o que a bomba atômica fez com a cidade. E depois lemos sobre o que aconteceu e então ... Mas só em ter visto a cidade – tudo arrasado, e milhares e milhares de pessoas mortas. Foi um inferno horrível e pensamos – e pensamos: “Essa bomba atômica nunca mais deve ser utilizada”. Eu acredito piamente – eu realmente acredito que essa bomba nunca mais deve ser usada.


bomba atômica Hiroshima (cidade) Província de Hiroshima Exército Imperial Japonês Japão

Data: 17 Jun. 2008

Localização Geográfica: California, US

Entrevistado: Janice Tanaka

País: Watase Media Arts Center, Japanese American National Museum

Entrevistados

Henry Eiichi Suto nasceu em 5 de fevereiro de 1928 em Minot, na Dakota do Norte. Seus pais eram isseis. Após a morte de seu pai e irmã mais jovem, sua mãe retornou para o Japão com Henry e seu irmão. Henry estava com 7 anos de idade; como falava pouco japonês, ele teve que dar duro para aprender o idioma e se enturmar com os colegas na escola. Quando um professor sugeriu que ele se alistasse no exército japonês aos 17 anos, Henry aceitou pois sabia que não tinha meios financeiros para ir à universidade. Depois do treinamento básico militar, ele foi um dentre 34 recrutas selecionados para serem treinados num esquadrão especial, o qual ele mais tarde veio a descobrir era um esquadrão “suicida” cujo objetivo era controlar barco-torpedos com um homem a bordo. Ele fazia parte deste esquadrão quando Hiroshima foi bombardeada e, 36 horas após o bombardeio, foi um dos primeiros soldados a chegar à cidade com assistência.

Quando a guerra acabou, ele retornou aos Estados Unidos e morou com um tio após a morte de sua mãe. Ele se inscreveu na escola ginasial Belmont, mas três meses depois foi convocado para o exército americano para lutar na Guerra da Coréia. Ele então foi treinado para servir como intérprete, aprendendo coreano no Campo Palmer. Originalmente, ele deveria ter sido enviado para as linhas de combate na Coréia para conduzir interrogações, mas durante uma parada no Japão decidiram que ele deveria servir como intérprete lá mesmo.

Ele retornou aos E.U.A. depois de ser liberado do exército, e entrou para o Los Angeles City College [faculdade municipal], se formando em comércio exterior. Ele conseguiu emprego na Companhia Otagiri, onde continuou a trabalhar até se aposentar em 1993.

Ele faleceu em 17 de outubro de 2008, aos 80 anos. (30 de janeiro de 2009)

Roy H. Matsumoto
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Roy H. Matsumoto

As crianças Kibei na escola em Hiroshima – Japão (Inglês)

(n. 1913) Kibei da Califórnia, serviu para o Serviço de Inteligência Militar com Merrill’s Marauders durante a Segunda Guerra Mundial.

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Roy H. Matsumoto
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Roy H. Matsumoto

Dificuldades na compreensão dos diferentes dialetos japoneses (Inglês)

(n. 1913) Kibei da Califórnia, serviu para o Serviço de Inteligência Militar com Merrill’s Marauders durante a Segunda Guerra Mundial.

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Marion Tsutakawa Kanemoto
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Marion Tsutakawa Kanemoto

Testemunhando o bombardeio atômico de Hiroshima (Inglês)

(n. 1927) Nissei nipo-americana. Sua família retornou voluntariamente ao Japão durante a Segunda Guerra Mundial

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Johnny Mori
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Johnny Mori

Decisão entre tornar-se um ministro religioso ou músico (Inglês)

(n. 1949) Músico, e educador e administrador artístico

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Johnny Mori
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Johnny Mori

Apresentando-se na primeira peça asiático-americana, “The Monkey Play" (Inglês)

(n. 1949) Músico, e educador e administrador artístico

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Johnny Mori
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Johnny Mori

Apresentando koto e taiko juntos, no Japão (Inglês)

(n. 1949) Músico, e educador e administrador artístico

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Johnny Mori
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Johnny Mori

Taiko considerado “Jazz” nas Filipinas (Inglês)

(n. 1949) Músico, e educador e administrador artístico

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Tom Yuki
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Tom Yuki

Felt no hostility in Los Gatos, California after the war

(n. 1935) Empresário Sansei

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Howard Kakita
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Howard Kakita

His Memory of August 6, 1945

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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Howard Kakita
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Howard Kakita

Immediately after the bombing

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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Howard Kakita
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Howard Kakita

Escape from Hiroshima

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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Howard Kakita
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Other family members not as lucky

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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Howard Kakita
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Returning to Hiroshima in ruins

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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His parents had little hope that he had survived the atomic bomb

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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Reuniting with parents in America

(n. 1938) Nipo-americano. Sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima

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