LIVROS E CONVERSAS: Airborne Dreams: Aeromoças “Nisei” e Pan American World Airways por Christine R. Yano

Data: 28 de Janeiro de 2012

Título: 14:00 – 16:00

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Em 13 de outubro de 1955, a Pan American World Airways surpreendeu a indústria da aviação comercial ao encomendar a maior frota de aeronaves a jato do mundo, inaugurando oficialmente a Era do Jato. No mesmo ano, a companhia aérea embarcou em um novo programa de pessoal, contratando mulheres nipo-americanas para servir seus famosos voos de volta ao mundo com destino a Tóquio. Embora a companhia aérea alegasse contratar essas mulheres para falar japonês, a fim de competir com a Japan Air Lines, que iniciou as viagens aéreas internacionais em 1954, a análise de Yano mostra que, além da linguagem, as mulheres adicionaram a aparência da exótica mulher asiática. Com Honolulu como base, essas mulheres foram informalmente apelidadas de aeromoças "Nisei" (segunda geração nipo-americana) da Pan Am, mesmo que nem todas fossem de segunda geração ou nipo-americanas. Em vez disso, ao chamar essas mulheres de "Nisei", a Pan Am recorreu ao capital cultural dos veteranos de guerra Nisei e seu patriotismo minoritário. Essas mulheres estavam entre as primeiras aeromoças não brancas empregadas pela Pan Am e outras companhias aéreas. No entanto, essa quebra da barreira racial não ocorreu como uma questão de direitos civis, mas como uma estratégia corporativa cuidadosamente elaborada para expandir a dominação global da Pan Am, utilizando parte do poder de atração da mulher asiática. Esta palestra analisa o projeto de aeromoças “Nisei” da Pan Am desde seu início em 1955 até 1972, quando as próprias mulheres instigaram o fim de seu status de base fechada para ganhar mais direitos de funcionárias. Este estudo situa as aeromoças “Nisei” da Pan Am em uma era de império americano do pós-guerra, vinculada a novas mobilidades simbolizadas particularmente por jatos e mulheres asiático-americanas. Por meio de entrevistas com as mulheres e pesquisas de arquivo, Yano justapõe as ambições da Pan Am com aspirações e experiências individuais. Yano argumenta que ambos compartilham “sonhos aéreos” mutuamente constitutivos, incorporados aos cosmopolitismos nascentes desta era de fronteira conhecida como Era do Jato. As aeromoças “nisei” da Pan Am fornecem uma lente importante sobre um período específico da história americana repleto de complexidades de retórica assimilacionista e contratação racializada. Tornar-se pessoas jurídicas em uma prestigiosa empresa americana na vanguarda de uma indústria global – em particular para nipo-americanos apenas dez anos após o fim da Segunda Guerra Mundial – exigiu assimilação dentro do domínio de gênero da feminilidade e profissionalismo da “minoria modelo”. Airborne Dreams está disponível para compra na loja do museu >> Gratuito com entrada no museu. Reservas recomendadas para rsvp@janm.org ou 213.625.0414 pelo menos 48 horas antes. www.janm.org

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