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"Acordo de silêncio" (Inglês)

(Inglês) Achei isso verdadeiro entre os veteranos - agora, mesmo entre nós - acho que o combate é uma experiência tão horrível que poucos, se é que alguma vez, querem falar sobre o que acontece em combate. E por isso não é... Acordo de silêncio. E não só eles não conversam com suas mulheres, seus filhos, ou qualquer outra pessoa, mas nós nem sequer falamos uns com os outros, veja.

Nós ficamos juntos, nós gostamos de ficar juntos, ficamos extremamente confortáveis juntos. Sabe, 24 horas por dia em combate parece uma eternidade. Sabe, quando você não sabe quando vai morrer, a qualquer momento, sabe, a vida poderia chegar ao fim e as pessoas estão pedindo-lhe para fazer o que normalmente é uma tarefa quase impossível, em tempo de paz, ninguém pediria para você fazer, e você está constantemente... Aquela pressão para conseguir algo que é quase fisicamente impossível em grande, grande perigo. Você aprende a depender uns dos outros, tanto que quando você não tem visto alguém mesmo que por cinco, dez, quinze, vinte anos e você os vê novamente, fica muito feliz, mas nada mudou.


100º Batalhão de Infantaria 442ª Equipe de Combate Regimental forças armadas militares militares aposentados Exército dos Estados Unidos veteranos Segunda Guerra Mundial

Data: 28 de agosto de 1995

Localização Geográfica: Califórnia, Estados Unidos

País:

Entrevistados

O Coronel Young Oak Kim (aposentado do exército americano) era um condecorado veterano combatente, tendo tomado parte do 100º Batalhão da Infantaria/442º Time de Combate Regimental durante a Segunda Guerra Mundial, além de ter sido um líder comunitário respeitado. Ele nasceu em 1919 em Los Angeles, numa família de imigrantes coreanos.

Após o início da guerra, ele foi designado como um jovem oficial no 100º Batalhão, o qual era composto apenas de niseis. Mais tarde, ele teve a oportunidade de ser transferido porque se acreditava que coreanos e japoneses não se davam bem. Ele rejeitou a oferta, afirmando que todos eram americanos. Um líder natural dotado de aguçados instintos no campo de batalha, os feitos do Coronel Kim são quase que lendários.

O Coronel Kim continuou a servir o país na Guerra da Coréia, durante a qual ele se tornou o primeiro membro de uma minoria étnica a comandar um batalhão de combate do exército americano. Ele se aposentou do exército em 1972. O Coronel Kim recebeu 19 medalhas, incluindo a Cruz por Distinção no Serviço, a Estrela de Prata, duas Estrelas de Bronze, três Corações Roxos [“Purple Hearts,” medalhas concedidas aos mortos ou feridos nos campos de batalha], e a Cruz de Guerra francesa.

Mais tarde, o Coronel Kim serviu a comunidade asiática-americana ao ajudar a fundar a Fundação Educacional Go For Broke; o Museu Nacional Japonês Americano; o Centro de Pesquisa Coreano de Saúde, Educação e Informações; e a Coalição Coreana Americana, entre outros. Ele morreu de câncer em 29 de dezembro de 2005, aos 86 anos de idade. [A expressão “Go for Broke” -- “dar tudo de si não importa o resultado final” -- se refere ao regimento composto por nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial] (8 de agosto de 2008)

Naganuma,George Kazuharu

Trabalhando como digitador no exército

(n. 1938) Nipo-peruano encarcerado em Crystal City

Naganuma,George Kazuharu

Jogando basquete no exército

(n. 1938) Nipo-peruano encarcerado em Crystal City

Ninomiya,Masato

O ensino de línguas estrangeiras foi estritamente regulamentado durante a guerra

(n. 1948) Professor Doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – Advogado – Tradutor